Feira possui tratamento para Hanseniase há mais de quinze anos.

  A Hanseníase ataca principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo.

A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo chamado Bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae, que ataca principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. Esta doença é conhecida por vários nomes como lepra, morféia e mal-de-Lázaro.

A transmissão da hanseníase se dá de um individuo para outro através germes eliminados na tosse, espirros ou por gotículas da fala que são inalados por outras pessoas penetrando no organismo pela mucosa do nariz. Outra forma de contaminação da doença é através do contato direto com a pele através de feridas de doentes por tempo prolongado.

O tratamento

O tratamento de Hanseníase foi implantado com administração do Estado da Bahia no município de Feira de Santana por volta do ano de 1985, mas não oferecia todo o suporte necessário para a cura da doença. No ano de 1992 médicos Italianos firmaram um contrato com a Secretária de Saúde do Estado para implantar na Bahia sete centros de referências voltados para o tratamento desta doença. A cidade de Feira de Santana foi uma das contempladas tendo contrato firmado por três anos.

O tratamento da Hanseníase em Feira de Santana é realizado no Centro de Saúde da cidade localizado na Rua Geminiano Costa com atendimento de segunda a sexta pela manhã. O Centro conta com duas enfermeiras, quatro fisioterapeutas, uma assistente social, quatro médicos e quatro técnicos de enfermagem.

De acordo com Maria da Conceição Carneiro, enfermeira chefe no tratamento da doença em Feira, o paciente com suspeita de mancha da hanseníase é encaminhado para uma enfermeira na qual produz uma triagem para saber se a doença se confirma. “O tempo do tratamento varia de 6 a 12 meses a depender da forma clínica. A faixa etária de pacientes é variada, pois a doença não escolhe quem quer atingir. Na maioria dos casos a classe social com maior entrada no Centro são as classes C e D devida à exposição maior com pessoas. A falta de educação higiênica é um dos principais fatores. O paciente da forma contagiosa iniciando o tratamento deixa de transmitir a doença”, relata Conceição.

A hanseníase é uma doença que não mata, quanto mais cedo for a descoberta da mancha mais rápida será a cura. Qualquer que seja a forma de hanseníase, a cura acontece utilizando-se medicamentos que provocam a morte dos bacilos, porém, se o tratamento for tardio ou inadequado, a pessoa pode ficar com seqüelas (deformidades), mesmo já estando curada da infecção. Neste caso, as deformidades não transmitem a infecção.

Feira terá Zona Azul

A falta de estacionamentos públicos tem sido um problema cada vez mais comum no centro da cidade. Filas duplas, paradas em locais indevidos tem tornado a vida de pedestres e condutores de veiculo um verdadeiro sufoco.

Para amenizar a situação o Governo Municipal vai implantar no centro comercial de Feira de Santana a Zona Azul. Trata-se do disciplinamento das áreas de estacionamento público mediante cobrança de taxa única por hora de uso, em vias públicas que serão definidas para funcionamento do serviço.

 A proposta inicial é para a administração de 3.500 vagas de automóveis na Zona Azul, podendo ser extinta ou abertas novas vagas nas mesmas vias, conforme a necessidade e o interesse do Município.

De acordo com o secretario de transportes e transito, Flailton Frankles, vai haver uma rotatividade no movimento dos veículos no centro comercial e financeiro, com isto a cidade vai estar melhor sinalizada. “A Zona Azul vai acabar com a possibilidade de alguém parar o carro em frente a um estabelecimento de manha e só sair à tarde. Vai por fim a probabilidade de um carro forte parar em qualquer lugar no meio da rua. Teremos vagas para carros forte, para emergência, clinicas, farmácias, carga e descarga. A cidade vai ficar realmente mais organizada e vai se movimentar em um nível que ela realmente merece por ser uma grande cidade metropolitana” relata.

 O secretario afirma que a secretaria já sinalizou mais de sessenta mil metros horizontais e assentou centenas de placas verticais. “A SMTT (Secretaria Municipal de Transportes e Transito) tem buscado efetivamente fazer um trabalho de organização, não só do centro comercial da cidade, mas do município como um todo, inclusive os distritos. Vamos fazer um investimento, dentro de alguns dias, em uma sinalização que venha colaborar com o dia a dia dos pedestres e dos condutores de veículos. A Zona Azul será continuidade destes serviços”, conclui.

O motorista Henrique Santos conta que o cento de Feira é bastante desorganizado com relação ao transito e afirma que a criação de estacionamentos públicos irá facilitar bastante na relação dos motoristas com os pedestres. “A falta de estacionamentos no centro faz com que os motoristas parem em fila dupla. Eu mesmo geralmente gasto cerca de dez reais por dia só de estacionamento”, ressalta.

Mirian Coutinho, funcionaria de um estacionamento, alega que a demanda de carros para o estacionamento tem aumentado devido a falta de vagas nas ruas. “Aqui no estacionamento nós não estamos dando conta. Acredito que os proprietários destes locais terão que expandir seus estabelecimentos para dar conta da demanda porque é muita gente querendo estacionar. Tem dias que nós temos que fechar o portão por falta de vagas. Hoje um dos investimentos que mais dão lucros são os estacionamentos” afirma.

Projeto prevê a organização do comércio em Feira.

Alfredo Falcão: “Será feita uma revitalização no centro da cidade”

A Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) lançaram, no mês de julho, um projeto conceitual de um Shopping a céu aberto. O projeto promove o ordenamento do calçadão da Sales Barbosa, visando proporcionar mais conforto, higiene e segurança para os comerciantes e os consumidores do comércio feirense.

O presidente da ACEFS, Armando Sampaio, relatou que a organização do comércio informal de Feira já é algo que está sendo analisado há muitos anos, já que é de necessidade dos comerciantes e dos consumidores um local com mais higiene e segurança, além de proporcionar ao centro da cidade uma melhoria também em termos estéticos.

O modelo de organização a ser desenvolvido na Sales Barbosa já foi implantado em outras cidades brasileiras, a exemplo das capitais Aracaju, Fortaleza e Florianópolis. Este esquema irá trazer conforto e segurança para os compradores. “Será um grande shopping popular a céu aberto” diz Armando. De acordo com o presidente da CDL, Alfredo Falcão, o projeto vem sendo desenvolvido há cerca de um ano. “Foi feita uma pesquisa com lojistas, camelôs e consumidores, onde foi constatado que os problemas enfrentados são comuns, como segurança, iluminação, limpeza, etc.”, informa.

INVESTIMENTOS

De acordo com entidades envolvidas na elaboração do projeto, para a concretização do projeto será necessário um investimento de cerca de R$ 2 milhões. Para realização, a prefeitura municipal deu início à busca de parcerias para a obtenção de recursos. No lugar das barracas deverão ser implantados Box de propriedade do vendedor e que não poderão ser alugados ou vendidos. Em caso de desistência do vendedor pelo ponto, a

prefeitura passará o ponto para outro pretendente.

Da Praça da Bandeira à Praça Bernardino Bahia serão implantadas duas linhas de Boxes. Após esse trecho, devido ao fato de a rua se estreitar, será colocada apenas uma linha, somando um total de 450 Boxes. Segundo Alfredo Falcão, nenhum camelô ficará de fora. “Todos os que já possuem suas barracas na Sales Barbosa permanecerão”, garante. Se as verbas necessárias forem arrecadadas este ano, as obras deverão ser iniciadas no primeiro semestre de 2011, com duração de seis meses, para não prejudicar o trabalho dos vendedores locais.